quinta-feira, 16 de outubro de 2008

ALDO PAGOTTO

Aldo Pagotto: Um bispo de duas personalidades.
Ás vezes tenho saudade dos dois últimos arcebispos da Paraíba: Dom José Maria Pires e Dom Marcelo Pinto Carvalheira. Pois ambos não se misturavam com a política nos seus bastidores mais mesquinhos e nojentos como faz o atual arcebispo, Aldo Pagotto.
Logo quando chegou à Paraíba começou a causar polêmica. Disse em rede estadual que não toleraria padre na política partidária, nem que fosse para lutar em favor dos mais necessitados.
Ele pensa que nos engana. Mera ingenuidade de quem acreditou, pois o que vemos é um bispo que já até apareceu em guia eleitoral, faz parte do comitê pela transposição do Rio São Francisco (que não deixa de envolver políticos e a dividir opiniões na sociedade) e agora, por último, vem se apresentando na televisão falando de corrupção na política (desvio de dinheiro público para campanha eleitoral).
Tudo poderia ser um ato cristão se a atitude do arcebispo não fosse apenas unilateral. O senhor Aldo Pagotto faz política partidária sim, e os mais inteligentes sabem de qual lado ele está.
Ele defende um governo que controla há mais de vinte anos a cidade Campina Grande como se fosse um coronel nos tempos antigos da ditadura e do voto de cabresto. Como se não bastasse, ele está de maneira sutil, discreta, mas notória, do lado de um governo que já foi cassado duas vezes por uso indevido de dinheiro em campanha eleitoral.
Dom Aldo Pagotto é uma vergonha para os católicos. Ele tem duas personalidades. Deveria cuidar das suas ovelhas famintas e desgarradas do seu rebanho. O papel do bispo é de conscientização e de denúncia, mas principalmente é dever do pastor católico ser coerente com aquilo que diz.
Ele precisa saber que a Idade Média já era. O papel de investigar e de punir os culpados (se houver) é do Ministério Público e Justiça Eleitoral. O arcebispo não tem nada que ir às vésperas da eleição fazer denúncias que já estão sendo investigadas pelos órgãos competentes, e como se fosse “garoto propaganda” de partido político dar lição de moral.
Se a sua intenção não era de dividir o rebanho católico, quero aqui dizer, que isto ele já está fazendo ao se expor e a se meter em assuntos que nem fazem parte da sua diocese. Penso que tem assuntos mais urgentes a tratar dentro da Igreja Católica.
Mas um questionamento não quer calar. O que tem ganhado o arcebispo da Paraíba para defender tanto um governo que ainda está em pé por força liminar da justiça?
Quando saiu a decisão do TRE sobre a cassação, o arcebispo em questão foi incapaz de lançar uma nota de repúdio na imprensa ou ir aos meios expor sobre o assunto. Preferiu ser omisso. E por que agora az em plena semana eleitoral? Será algum acordo acertado na calada da noite? Se for, os fiéis católicos e o povo em geral precisam saber que tipo de acordo tem firmado este senhor com o governo atual.
Não duvido que nas próximas eleições teremos um arcebispo candidato a governador. Aliás, será que é por isso que ele não tolera padre na política? Pois os padres seriam seus principais concorrentes.

“Quem vota em políticos corruptos, vota na morte”. O senhor arcebispo é a própria morte!